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Já sabemos que o principal objetivo das áreas de pastagens é produzir alimentos aos animais. Mas, além disso, elas também promovem a manutenção da biodiversidade, atuam no sequestro de carbono, despoluem águas subterrâneas e superficiais. No entanto, as formas como essas áreas proporcionam esses benefícios ao planeta estão mudando, tudo isso em decorrência de grandes alterações ambientais em escala mundial.  

Na agropecuária, o grande desafio está basicamente ligado ao fornecimento da alimentação adequada durante todo o ano ao rebanho. Pois, a pastagem e o pastejo são as maneiras mais baratas de produzir e fornecer alimentos aos bovinos.

Atualmente existe um grande número de propriedades que já enfrentam dificuldades em manter a alimentação dos animais permanente. No Brasil, essa barreira na produção acontece duas vezes ao ano, entre setembro e outubro e em março e abril. Período conhecido como “vazio forrageiro”. 

Continue a leitura para entender um pouco mais sobre vazio forrageiro! Confira!

O vazio forrageiro se caracteriza pela escassez de pastagem em quantidade e qualidade nutricional, tanto para espécies de inverno como para as de verão. 

Os produtores já entendem a importância de um manejo eficaz de forragens de alta qualidade, mas Infelizmente os fatores ambientais tornam a disponibilidade de suprimentos inconsistente de ano a ano. 

Essa sazonalidade produtiva das pastagens está associada tanto às condições climáticas, quanto ao ciclo de crescimento das espécies forrageiras. Processo que reflete, por exemplo, na queda de produção de leite, na perda de peso dos animais, no metabolismo produtivo, no manejo sanitário e no reprodutivo.

Segundo a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a região do Cerrado tem um papel destacado na bovinocultura e enfrenta problemas relacionados com as pastagens. Sendo que, neste bioma é implantado ou reformado anualmente uma área considerável de pastagens. 

Nesse sentido, identificar forrageiras aptas, com uma capacidade maior de produção, tolerância à seca e com uma boa cobertura do solo, no período da entressafra, vem como uma forte demanda para a região.

Como tornar o sistema pecuário de produção mais rentável

Sabemos que o grande desafio do setor está em buscar alternativas para esses vazios que ocorrem nos períodos de transição entre as estações quentes e frias do ano, por conta da baixa oferta de pastagem. 

Estrategicamente, na fase de vazio forrageiro, seja em sistema de pastoreio contínuo ou rotacionado, o que se busca é a capacidade de atender, pelo maior período possível, às demandas dos animais. 

Com manejo adequado das pastagens, visando a disponibilidade de forragem durante o ano todo, a diversificação de espécies e a cobertura do solo anualmente é possível aumentar a conservação do terreno e até fornecer um incremento nas produtividades. Porém, realizar uma análise de solo para correção da acidez e adubação, também é uma das tarefas fundamentais. 

Nos períodos de baixa disponibilidade de pastagens é preciso abandonar algumas alternativas como: silagens, fenos, suplementação com concentrados, escalonamento de plantio das pastagens anuais. A ideia é que seja utilizado perenes e principalmente desenvolver um planejamento forrageiro para sua propriedade em específico. 

A alternativa de perenização da produção forrageira, ou seja, utilizar forragens não fixas, específicas de cada período, é uma solução para minimizar o problema. Algumas das recomendadas pela EMBRAPA são pastagens como: BRS Kurumi (capim-elefante), BRS Capiaçu, Tíftons (grama perene forrageira) e Capim-sudão BRS Estribo (que apesar de não ser perene, tem possibilidade de semeadura precoce e longo ciclo de produção). 

Também devem-se aumentar o aporte de tecnologias, tanto na parte de adubação, como nas forrageiras mais produtivas e fazer a supervisão do sistema. Porque o processo de adubação é indispensável, além de conhecer o sistema de produção e adequar as forrageiras disponíveis no mercado com a tecnologia empregada. 

Conforme a  EMBRAPA, as culturas como milheto e sorgos são espécies de crescimento intensivo altamente produtivas e possuem elevado valor nutritivo. Sendo assim, são geralmente estabelecidos em sucessão aos cereais de inverno e pastagens anuais importantes para sistemas de produção intensivos como o de bovinos confinados, vacas-leiteiras, novilhas e terneiras de reposição na região sul-brasileira. Na região tropical são cultivados na safrinha e como cobertura de solo.

Outro ponto a ser mencionado, é o estudo de Biotecnologia e Biossegurança desenvolvido pela EMBRAPA, sobre o uso de tecnologias de sequenciamento de DNA e bioinformática de última geração. Os pesquisadores montaram o genoma da Urochloa Ruziziensis, uma das gramíneas forrageiras mais utilizadas na agropecuária tropical, especialmente em sistemas de integração. E, através das informações geradas pelo genoma dessa espécie de braquiária teremos suporte preciso e dinâmico ao desenvolvimento de cultivares forrageiras.

Já para o manejo de pastagens, as informações sobre o crescimento do pasto e a massa de forragem são muito importantes. O uso de mapas agrícolas precisos e de alta qualidade ajudarão a tomar as melhores decisões na propriedade rural. 

Uma boa referência são os métodos baseados em sensoriamento remoto, que estão ganhando cada vez mais notoriedade através de tecnologias de monitoramento de pastagens por imagens, utilizando satélites e drones

SAIBA MAIS!

Aqui no AgriHub contamos com agtechs que estudam as melhores estratégias de trabalho como a do vazio forrageiro e que sempre buscam oferecer soluções tecnológicas para o agronegócio!

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