A produção agrícola é um processo altamente especializado. Exige a integração de diversas informações – como requisitos específicos da cultura, solo, condições meteorológicas e climáticas, pragas e doenças. Quanto a estas duas últimas, é justamente nesse ponto que o produtor deve atentar para o uso dos defensivos agrícolas.
O aumento no tamanho e na complexidade dos pulverizadores ao longo dos anos exige atenção quanto à eficiência e à segurança. Aliás, cada cultura demanda uma abordagem ligeiramente diferente para a aplicação de defensivos agrícolas.
Contudo, alguns princípios gerais se aplicam a quase todas as situações de pulverização. Seguir esses princípios ajudará a obter um melhor controle do problema, e entre eles podemos citar:
- identificação das pragas;
- seleção dos defensivos projetados especificamente para controlar as pragas identificadas;
- seleção do equipamento adequado, particularmente o tipo e o tamanho correto de bico;
- aplicação do defensivo na hora e nas condições certas;
- verificação da precisão do equipamento (calibração) periodicamente, para garantir que a quantidade recomendada no rótulo do defensivo seja aplicada uniformemente no alvo.
Antes de iniciar cada operação de pulverização, o produtor deve estar ciente da importância da previsão meteorológica para a qualidade dessa operação. Continue a leitura para entender um pouco mais sobre algumas boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas! Confira!
Selecione o melhor tipo de bico para o trabalho
Cada componente do pulverizador desempenha um papel no sucesso da aplicação de defensivos agrícolas. Particularmente, os bicos cumprem a função mais significativa.
Existe uma ampla variedade de tipos e de tamanhos de bicos. Cada tipo é projetado especificamente para um destino e para uma aplicação. A maioria dos catálogos de fabricantes tem gráficos que mostram o melhor tipo de bico para cada trabalho.
Qualquer um dos fatores abaixo pode ser decisivo ao selecionar o bico mais apropriado para o procedimento. Entre eles, citamos:
- parâmetros de operação do pulverizador;
- tipos de produtos químicos aplicados;
- modo de ação do produto químico para o requisito de cobertura por pulverização;
- risco de deriva de pulverização;
- requisitos observados nos rótulos dos defensivos agrícolas.
Cabe ainda destacar que já existem tecnologias de aplicação localizada, como pulverizadores que identificam com sensores somente onde tem a planta-alvo. Dessa forma, aplicam somente onde é necessário.
Condições climáticas afetam a pulverização de defensivos agrícolas
Por “condições climáticas”, entende-se o vento, a temperatura, a umidade relativa e a precipitação, entre outros fenômenos. Eles influenciam a eficácia das aplicações de pulverização e o potencial de desperdício por escoamento e deriva.
A direção do vento determina se as gotas vão em direção ao alvo ou a áreas não intencionais – como rios, plantações sensíveis ou locais de atividade humana. A velocidade do vento afeta a distância que uma gota percorrerá antes de ser depositada no alvo.
É importante que a pulverização ocorra quando as temperaturas estiverem baixas, e a umidade relativa, alta. Em geral, não pulverize quando a umidade relativa for inferior a 40% e a temperatura do ar estiver acima de 25 °C. Essa precaução reduz a chance de desvios devido a inversões de temperatura ou a evaporação. Também aumenta a deposição e a cobertura do alvo.
Alguns produtos funcionam melhor quando a água da chuva os carrega para o solo após a aplicação. Mas não devem se infiltrar no lençol freático antes de fazerem seu trabalho e de se decomporem. Dependendo da resistência do produto à chuva, esta pode lavá-lo das folhas e reduzir o nível de proteção.
Ao planejar a pulverização, considere as previsões locais e consulte o rótulo para conferir as especificações do produto – como condições ideais de aplicação, tempo de secagem e de retenção, além da taxa de absorção. Use uma estação meteorológica portátil para adaptar seu método de aplicação às mudanças nas condições climáticas.
Outros pontos a serem considerados
Existem outros fatores a serem considerados na inspeção geral do pulverizador:
- Importância da agitação adequada do produto no tanque do pulverizador;
- Mangueiras e conexões de tamanho adequado;
- Determinação da configuração do pulverizador para a taxa de aplicação aceitável;
- Compatibilidade de produtos misturados;
- Limpeza e pH da água usada para misturar os produtos no tanque;
- Limpeza adequada do tanque do pulverizador;
- Manuseio de resíduos de pesticidas;
- Descarte adequado de embalagens vazias.
Saiba mais!
São muitas as tecnologias cada vez mais presentes no campo, e já se fazem evidentes seus benefícios. É muito importante a análise de dados para a tomada de decisão. As tecnologias digitais nos permitem integrar e cruzar dados para decisões mais assertivas.
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