<\/p>\n
\u201cHoje n\u00f3s compramos equipamentos que no dia em que chegam em nossa propriedade n\u00e3o trabalham. A tecnologia \u00e9 de laborat\u00f3rio, engenheiros que n\u00e3o conhecem o campo, nem as estradas. M\u00e1quinas que s\u00e3o aprimoradas com nosso sofrimento\u201d. Essa \u00e9 a vis\u00e3o do produtor rural e presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, que acompanhou a comitiva de produtores e t\u00e9cnicos da Federa\u00e7\u00e3o da Agricultura e Pecu\u00e1ria de Mato Grosso (Famato), Servi\u00e7o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecu\u00e1ria (Imea), ao vale do Sil\u00edcio, em busca de solu\u00e7\u00f5es que fossem capazes de resolver de vez os gargalos do campo.<\/p>\n
Hist\u00f3ria dele, somada a in\u00fameras outras vividas pelos agricultores de Mato Grosso deram origem ao Agrihub. Uma imensa \u2018teia\u2019 que conecta produtores, startups, mentores, empresas, pesquisadores e investidores, criando um ecossistema de inova\u00e7\u00e3o e empreendedorismo no agroneg\u00f3cio, a fim de conceber ou adequar solu\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas com base nas necessidades reais dos produtores.<\/p>\n
O lan\u00e7amento oficial do programa ocorreu na noite dessa quinta-feira (27\/10), em Cuiab\u00e1, e contou com a presen\u00e7a de produtores rurais, investidores anjo e fundos de investimento, empreendedores, autoridades e representantes do mercado, al\u00e9m de startups e aceleradoras brasileiras.
\nO presidente do Sistema Famato\/Senar, Rui Prado, evidenciou o lugar de destaque que o estado ocupa como celeiro do pa\u00eds e a import\u00e2ncia de ir al\u00e9m, pois n\u00e3o basta s\u00f3 suar a camisa na produ\u00e7\u00e3o de gr\u00e3os, carnes e fibras, \u00e9 fundamental que se produza conhecimento, a fim de gerar novas tecnologias.<\/p>\n
\u201cAo visitar empresas em outros pa\u00edses vimos que muito do que se desenvolve l\u00e1 j\u00e1 est\u00e1 em uso aqui em nosso estado. Chegou a hora de n\u00f3s, brasileiros e mato-grossenses, apoderarmos do conhecimento tecnol\u00f3gico que existe no mundo. Primeiro, entender tudo que j\u00e1 foi criado e conseguir aplicar isso na agropecu\u00e1ria, e depois desenvolver novas tecnologias que v\u00e3o gerar retorno econ\u00f4mico, social, renda, super\u00e1vit na balan\u00e7a comercial, empregos e lucro\u201d, disse Prado.<\/p>\n
Alimento para o mundo<\/strong><\/p>\n Para evidenciar o tamanho do desafio de Mato Grosso no contexto mundial, o superintendente do Senar-MT, Ot\u00e1vio Celidonio, lembrou que at\u00e9 2050 a popula\u00e7\u00e3o mundial dever\u00e1 crescer em 31%, sendo que apenas 1\/3 estar\u00e1 no campo, para alimentar 2\/3 na cidade. Isso significa uma necessidade 70% maior de alimentos, 80% de energia e 55% de \u00e1gua.<\/p>\n Hoje, embora seja o maior produtor das principais culturas agr\u00edcolas, o estado responde por apenas 7% da produ\u00e7\u00e3o mundial. Ou seja, para atender \u00e0s necessidades de alimentos do mundo, Mato Grosso ter\u00e1 de ampliar a produ\u00e7\u00e3o para 18%, o que corresponde a 965 milh\u00f5es de toneladas, praticamente o dobro do que a China produz hoje.<\/p>\n \u201cN\u00e3o tem como atender a demanda mundial sem aumentar a produtividade\u201d, salientou o superintendente. Segundo ele, um trabalhador na Fran\u00e7a produz cerca de 800% a mais que um no Brasil, onde 53% dos trabalhadores s\u00e3o analfabetos. \u201cEsse \u00e9 um ponto fundamental e um dos grandes desafios. Existe um abismo entre as pessoas e os processos e o Agrihub vem romper de vez com essas dist\u00e2ncias\u201d, afirmou Celidonio.<\/p>\n Foco no problema<\/strong><\/p>\n De acordo com o superintendente do Imea, Daniel Latorraca, o que diferencia uma startup de uma empresa de tecnologia que est\u00e1 nascendo \u00e9 o foco na \u2018dor\u2019 do cliente. Ele conta que ao fazer o estudo sobre mecaniza\u00e7\u00e3o agr\u00edcola em Mato Grosso, o instituto se deparou com dois dados significativos. O primeiro foi o \u00edndice de 42% de produtores que usam a tecnologia, o segundo \u00e9 que a maioria deles n\u00e3o tem ideia do potencial das m\u00e1quinas adquiridas. \u201c\u00c9 neste ponto que o Agrihub faz ainda mais sentido, pois nasce na casa do produtor e \u00e9 feito para a necessidade dele, com o m\u00e1ximo de assertividade\u201d.<\/p>\n Tr\u00eas Frentes<\/strong> \u201cAqui eu tenho uma entidade que representa o produtor, uma que cuida e desenvolve pessoas e tenho algu\u00e9m que est\u00e1 olhando o tempo todo para o cen\u00e1rio. Quando vejo essas tr\u00eas institui\u00e7\u00f5es criando o AgriHub, eu vejo esse alinhamento vertical que pode efetivamente resolver o problema dos clientes\u201d, disse Heygler.<\/p>\n Um dos investidores convidados para a apresenta\u00e7\u00e3o do projeto foi o s\u00f3cio da SP Ventures, gestora de Venture Capital, Thiago Lob\u00e3o, que disse acreditar na constru\u00e7\u00e3o de \u2018big players\u2019, ou seja, grandes jogadores no Brasil, empresas que v\u00e3o fazer hist\u00f3ria com base em tecnologias muito robustas. \u201cN\u00f3s viramos s\u00f3cios dos neg\u00f3cios, batalhamos muito com os empreendedores para aquilo acontecer e transformamos tecnologias pequenas em algo \u00fatil para o mundo. O melhor \u00e9 que n\u00f3s olhamos neg\u00f3cios brasileiros com tecnologia criada no ecossistema local e o agro \u00e9 um ponto de converg\u00eancia comum para todos que trabalham com capital hoje\u201d, contou Lob\u00e3o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u201cHoje n\u00f3s compramos equipamentos que no dia em que chegam em nossa propriedade n\u00e3o trabalham. A tecnologia \u00e9 de laborat\u00f3rio, engenheiros que n\u00e3o conhecem o campo, nem as estradas. M\u00e1quinas que s\u00e3o aprimoradas com nosso sofrimento\u201d. Essa \u00e9 a vis\u00e3o do produtor rural e presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, que acompanhou a comitiva […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[7],"class_list":["post-4981","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria","tag-conectividade"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4981","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4981"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4981\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":5351,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4981\/revisions\/5351"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4981"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4981"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agrihub.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4981"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\nO diretor de opera\u00e7\u00f5es do Agrihub, Heygler de Paula, explicou as tr\u00eas frentes fundamentais do projeto. A primeira ser\u00e1 o aux\u00edlio na constru\u00e7\u00e3o de uma rede de produtores para mapear as principais tecnologias e potencialmente testa-las em suas propriedades, a segunda \u00e9 a Idea\u00e7\u00e3o, onde ser\u00e3o constru\u00eddas as solu\u00e7\u00f5es, haver\u00e1 a atra\u00e7\u00e3o de investidores e aceleradoras e a apresenta\u00e7\u00e3o das solu\u00e7\u00f5es sob a \u00f3tica do produtor. A terceira frente \u00e9 a Conex\u00e3o AgriHub, que far\u00e1 a ponte entre startups e empresas mais maduras, a fim de viabilizar a execu\u00e7\u00e3o das ideias que caibam na propriedade.<\/p>\n