Seis das nove startups selecionadas para o segundo Batch do programa de Inovação Aberta do Instituto AgriHub finalizaram, na quinta-feira (18/08), a programação com Pitches para produtores rurais de regiões diferentes do estado, investidores, empresas parceiras do AgriHub e convidados. O pitch consiste em uma apresentação rápida para chamar a atenção de investidores e mostrar os principais diferenciais de um negócio.
“O Batch 2022/2023 conseguiu responder as expectativas. Tivemos três dias de programação intensa, em Cuiabá e Rondonópolis, e as startups entenderam a proposta do AgriHub, dos nossos parceiros e dos produtores de sementes. A inovação aberta no agronegócio inova o setor e melhora a comunicação da tecnologia com o produtor rural. A chamada aberta é uma excelente porta para as Agritechs aproveitarem as iniciativas de inovação aberta no agronegócio para realizarem seus projetos, a partir da dor do produtor, além de fazerem novas conexões e receberem mentorias”, avaliou o diretor-executivo do AgriHub, Otávio Celidonio.
As startups 3DGEO, AgriConnected, BemAgro, Creditares, Sensorvision e Siatel mostraram novas soluções para melhorar processos e gerar ganhos no agronegócio. A iniciativa do AgriHub e empresas parceiras busca identificar ideias e tecnologias inclusivas que possam solucionar problemas dos produtores rurais de Mato Grosso. Cada startup teve 10 minutos para apresentar e responder dúvidas e questionamentos do público.
Após o pitch, em uma dinâmica descontraída, foi realizado o painel “Porteira aberta para sua Startup – A importância de estabelecer uma relação de confiança e ter o produtor como um parceiro do seu negócio”, com a participação especial de convidados experientes no agronegócio: Celso Fugilin, Flávio Garcia e Adrian Procopiou. O painel foi mediado pelo diretor-executivo do AgriHub, Otávio Celidonio.
Os participantes do painel contaram experiências, compartilharam conhecimento e expectativas para o agronegócio mato-grossense, além de dicas para o sucesso dos negócios, de relacionamento, confiança e credibilidade com os produtores rurais.
Celso Fugilin provocou a discussão sobre como comunicar a tecnologia com o produtor. Ele destacou que as startups devem focar na dor, no problema do produtor rural para depois pensar na solução. “A startup deve falar a linguagem do produtor, uma linguagem apropriada e simplificada”, apontou.
Adrian Procopiou, egresso do primeiro Batch da chamada AgriHub, proprietário da startup Sydy, contou que sua principal dificuldade foi justamente a de identificar a melhor maneira de se comunicar com o produtor rural. “Enquanto não conseguia falar na linguagem do produtor, mostrar qual o benefício ele teria em adotar a solução desenvolvida pela Sydy, eu não obtive sucesso”, destacou Adrian.
“O Pitch foi uma oportunidade interessante e muito importante para nós, enquanto startups do programa de inovação do AgriHub, nesse segundo Batch. Esse trabalho em conjunto, pensando nas soluções que podem ser entregues ao produtor rural é um diferencial da proposta do AgriHub. As visitas técnicas nas sementeiras foram relevantes para conhecer na prática as dores dos produtores, como também conhecer a dinâmica e os processos”, contou Efraim Albrecht, sócio-proprietário da startup Sensorvision.
Soluções
3DGEO – A startup apresentou uma ferramenta de mapeamento com processamento de imagens obtidas com câmera Multiespectral embarcada em Drones. É possível avaliar o vigor da lavoura e entender as variabilidades dos diferentes ambientes produtivos nas mais variadas culturas. Com isso, a tomada de decisão para o uso eficiente de insumos e um manejo mais apropriado se torna realidade para o produtor.
AgriConnected – Já a plataforma apresentada pela AgriConnected contempla o uso de um dispositivo GPS e o acesso à plataforma online, onde o produtor vai poder acompanhar de maneira remota suas operações. Oferece visualização de mapa de calor, tempo e locais de parada, horas de atividades e de motor ocioso, eficiência da operação em ha/h, área trabalhada, evolução da operação, relatórios e envio de alertas por aplicativo.
BemAgro – A plataforma da BemAgro visa o planejamento, gestão e monitoramento. A ideia da startup é facilitar a gestão ao longo da safra com inspeções direcionadas e monitoramento em larga escala para gerar relatórios que transformam esses dados em informações acionáveis para tomada de decisão do plantio até a colheita.
Creditares – É uma startup de crédito para o agronegócio, que conecta produtores rurais a fontes de recursos do mercado privado, com destaque para bancos, fundos de investimento nacionais e internacionais, entre outros agentes financeiros. A plataforma faz o diagnóstico financeiro completo do negócio rural.
Sensorvision – A Sensorvision mostrou uma ferramenta de Inteligência Artificial Embarcada para ações em tempo real. A ideia é facilitar a tomada de decisão para o cuidado agrícola. São sensores integrados com atuadores em implementos agrícolas autônomos que vão fazer a detecção de falhas de cultivo, controle de adubação, de plantas invasoras e geração de mapas, entre outros.
Siatel – A Siatel desenvolve soluções tecnológicas conforme a dor e a necessidade do produtor usando Internet das Coisas (IoT) e módulos eletrônicos próprios, que permitem automatização de processos e monitoramento de máquinas e locais em tempo real.
Chamada aberta – Das 30 startups inscritas na chamada aberta, nove foram selecionadas: 3DGEO, AgriConnected, BemAgro, Creditares, Sensorvision, Siatel, Wolk, Brisa e MyEasyFarm.
A seleção foi feita pelas empresas mantenedoras Amaggi, Bayer e TMG, com a participação do AgriHub. O desafio das agtechs foi apresentar soluções tecnológicas para a cadeia agrícola de Mato Grosso.
Fonte: ASCOM Famato