Inovação e impacto nos negócios do campo foram palavras chaves para o bate-papo desta edição do Conexão.
Jessica Gimenes, Gerente de Inovação e Agronegócio do AgriHub, e Luiz Felipe Carvalho, Gerente de DX e Inovação da Agro Amazônia foram os convidados para tratar do tema “Impacto da Inovação nos Negócios dos Produtores Rurais”. Os dois, nesta edição de julho, conceituaram o que significa inovação e ser inovador na atualidade, e os caminhos que as startups devem seguir para levar as mudanças no uso de tecnologias para dentro das propriedades rurais.
Durante a conversa, o receio de mudar os métodos convencionais para o que há de novo foi apontado como o principal fator que afasta o produtor rural das inovações do mercado. Ao longo da apresentação, Jessica e Luiz falaram que muita dessa dificuldade encontrada vem do fato de que os vendedores não são efetivos em mostrar ao produtor que aquela ideia será útil para ele em seu dia a dia. A falta de habilidade para agregar valor a essas tecnologias é a maior barreira para sua adoção da porteira para dentro.
A gerente de Inovação do AgriHub destacou alguns dados de levantamentos recentes, como os realizados no projeto AgriHub Conecta em parceria com o Senar-MT, para exemplificar os resultados positivos que a adoção dessas inovações no campo causaram, além do impacto nas finanças e no gerenciamento das fazendas. Para ela, é necessário haver uma digitalização dos processos para que os produtores consigam ter uma visão mais transparente e segura de seu negócio e assim, quando notarem os benefícios que os recursos digitais trazem, a resistência a novos métodos tecnológicos mudará.
Com isso, a digitalização pode ser uma grande aliada para mudar a mentalidade dos clientes das empresas de tecnologia – setor responsável pela maior parte das inovações do mercado atualmente, segundo os especialistas – e abrir a porteira para um futuro mais integrado e tecnologicamente ativo.
“Inovação não é departamento da empresa, é o sangue dela”, observa Jessica Gimenes.
Na mesma direção, Luiz Felipe afirma que para inovar é preciso pensar fora da “caixa” e que inovação é uma filosofia de vida que deve ser incorporada ao dia a dia. O impacto nos negócios, segundo seu raciocínio, só é sentido quando a máquina e o homem são funcionais e trabalham juntos para diminuir o tempo das tomadas de decisões e aumentar a receita da administração da propriedade.
Gerar valor à funcionalidade de ferramentas ou ideias que já existem nos empreendimentos rurais é uma forma de inovar, pois na concepção do gerente da Agro Amazônia, inovação é transformar a ideia em algo rentável e descomplicado.
“Inovação no meu ponto de vista é um olhar resoluto de uma situação”, pondera Luiz Felipe Carvalho.
Os palestrantes avaliam que a inovação também passa pela formação e atualização dos conhecimentos dos profissionais dentro das propriedades rurais e ressaltam que a gestão de pessoas é importante nesse processo de inserção dos produtores rurais no mundo que se propõe inovador e tecnológico no presente e em um futuro próximo.
Para eles, é preciso um diálogo maior com público de interesse – nesse caso homens e mulheres das fazendas – ou que potencialmente necessite dessas ferramentas para que inovação seja aplicada de forma efetiva e impacte positivamente os negócios rurais.
“Quais as perguntas que devemos fazer para recebermos melhores respostas?”Jessica Gimenes, Gerente do AgriHub.
A cada evento o AgriHub propõe uma questão atual e em alta no mundo do agronegócio, visando esclarecer e colaborar com as discussões para o produtor, empresas, startups, profissionais do agro e instituições de ensino e pesquisa. A ideia é tornar mais acessível a temática para quem acompanha as palestras e trazer o que é novidade na área de inovação.
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Por Guilherme Sampaio, estagiário da Assessoria de Comunicação AgriHub