Com uma série de seis vídeos gravados com produtores rurais, o projeto AgriHub vai mostrar os principais problemas identificados nas propriedades rurais de diferentes regiões de Mato Grosso. Os problemas foram levantados durante uma rodada de visitas nos quatro polos de produção agropecuária do estado: Sorriso, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Água Boa.
Cinco vídeos da série serão sobre os problemas e um vai relatar as ações da rede de inovação em agricultura e pecuária AgriHub desenvolvida pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT). O projeto já está sendo construído por várias mãos, junto com produtores engajados, comunidade empreendedora, outros ecossistemas de Agtech do país, empresas e investidores.
Para os produtores entrevistados, os principais problemas dentro da porteira que estão prejudicando a eficiência e a saúde financeira do setor agropecuário são: previsão do tempo, mão de obra, classificação de grãos, tecnologia de aplicação, pragas e doenças.
A partir de segunda-feira (30/10), empreendedores, startups, empresas e produtores rurais devem ficar atentos às publicações da série de vídeos que irão desafiar as comunidades empreendedoras a empreenderem no agronegócio mato-grossense. “Com os depoimentos dos produtores rurais, a ideia despertar nos empreendedores o interesse de empreender no agronegócio, investindo em soluções que resolvam os problemas identificados porteira a dentro das propriedades rurais do estado”, explicou o superintendente do Imea Daniel Latorraca.
Os vídeos serão postados no novo site do AgriHub (http://agrihub.org.br) e na página do Facebook (https://www.facebook.com/AgriHubBr/). As publicações serão nos dias 30/10, 6/11, 13/11, 20/11, 27/11 e 4/12.
Confira o primeiro vídeo aqui: http://agrihub.org.br/rede_de_fazendas_alfas
Entenda os problemas e os impactos:
Previsão do tempo – A principal reclamação dos produtores rurais em relação a esse problema refere-se à baixa precisão da previsão do tempo nas propriedades.
Mão de obra – Existem muitas visões e formas de abordagem desse problema, porém, um dos principais relatos é que há uma falta de comprometimento da mão de obra na atividade rural. Outro ponto seria a falta de capacitação, ainda mais agora com as inovações tecnológicas.
Pragas e doenças – A agropecuária tropical está sujeita a uma enorme quantidade de pragas e doenças, sendo muito difícil a previsão, o monitoramento e o controle. Na ótica do produtor rural, os relatos sobre o problema referem-se à inexistência de ferramentas que antecipem o surgimento de pragas e doenças no campo. Outro ponto é o monitoramento correto das pragas e doenças no campo, em que uma mão de obra especializada deve amostrar, identificar e “localizar” a praga ou doença nos talhões, o que em muitos casos não é feito corretamente.
Classificação de grãos – O principal problema não é a classificação dos grãos em si, já que pesquisas e o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já estabeleceram os padrões de classificação dos grãos. O grande problema relatado pelo produtor é a subjetividade da classificação.
Tecnologia de aplicação – Os relatos dos produtores rurais sobre esse problema referem-se, principalmente, aos ajustes necessários nas máquinas para que eles façam as aplicações. Um exemplo é a regulagem dos bicos dos pulverizadores, uma etapa fundamental, já que sem ela poderão ocorrer desperdícios de produtos e também não acontecerá o controle das pragas e doenças.