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A parceria com a UFV faz parte do nosso projeto de Plataforma de Difusão Tecnológica do Instituto.

O Instituto AgriHub e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) iniciaram 2021 com a missão de mapear indicadores para validação do desempenho dos principais processos da produção agrícola em propriedades rurais de Mato Grosso. Entre os dias 21 e 26 de janeiro uma delegação saiu em missão técnica pelos municípios de Mato Grosso mapeando macroprocessos que vão desde o pré-plantio, plantio, tratos culturais, colheita e pós-colheita.

Equipe formada por membros do Instituto AgriHub e da UFV em visita a sede do grupo Petrovina

Do Instituto AgriHub estão envolvidos na missão o diretor Executivo, Otávio Celidonio, a coordenadora da Rede de Fazendas Alfa, Eloiza Zuconelli, o líder de Consultores Alfa, Wilton Maciel, e a líder de projetos e parcerias, Patrícia Souza. Da UFV, o professor titular do Departamento de Economia Rural, Aziz Galvão da Silva Júnior, e os alunos da equipe Agroplus UFV, grupo de estágio, Marcella Silva (aluna de Engenharia Agrícola), Gabriel Rodrigues (aluno de Engenharia Mecatrônica) e Guilherme Oliveira (aluno de Agronomia).

“A parceria com a UFV faz parte do nosso projeto de Plataforma de Difusão Tecnológica em que pretendemos mapear os principais processos agrícolas para que consigamos definir com maior exatidão onde estão os maiores desafios e oportunidades do agro. Futuramente vamos validar esses processos com os produtores e entender melhor como podemos ajudá-los”, disse o diretor do AgriHub, Otávio Celidonio.

De acordo com o professor Aziz, o intuito do mapeamento dos processos é utilizar essa metodologia como um instrumento de comunicação entre o consultor e o produtor, a fim de localizar onde estão as principais dificuldades.

Instituto AgriHub e UFV Difusao Tecnologica visitam o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis para Workshop
Equipe no Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis

“Juntamente com o AgriHub, especialistas e produtores rurais, mapeamos a produção para localizar as áreas, as atividades mais relevantes para o produtor rural, o nível em que o produtor está para indicar a melhor solução para os problemas mais importantes que eles têm. Nós fizemos isso em Rondonópolis e Campo Novo do Parecis”, contou o professor.

Aziz informou que nas visitas a campo e nas consultorias online, anteriores às visitas, já foi possível identificar problemas como tratos culturais e de monitoramento que são áreas importantes e percebidas diariamente no dia a dia dos produtores, previsões climáticas, recursos humanos e conectividade. “Esses desafios na verdade já haviam sido identificados pelo AgriHub, o que estamos fazendo agora é detalhar um pouco mais, esmiuçar o problema”, explicou.

Os membros da missão percorreram propriedades rurais e entidades do agro referências em gestão, qualidade e produtividade, nos municípios de Rondonópolis e Campo Novo do Parecis. Nas visitas ao campo, conversaram diretamente com os sementeiros.

A primeira visita, no dia 21 de janeiro, foi no Grupo de Análise de Resultados Agropecuário – Grupo Guará. A comitiva apresentou para parte dos produtores que compõe o grupo Guará os projetos e trabalhos realizados em parceria com a UFV, assim como o projeto de Rede Alfa de Produtores e Consultores. Ainda foram discutidos os processos de produção agrícola.

Dinâmica realizada no Grupo Guará

O grupo participou de uma dinâmica para a escolha de um processo que os produtores consideram que necessita de aperfeiçoamento e melhorias dentro da fazenda: a gestão de recursos humanos. A escolha foi motivada pelo menor nível de capacitação dos funcionários da agroindústria quando comparado a outros setores da economia. O processo foi aberto e analisado ponto a ponto com a participação dos produtores.

Ainda em Rondonópolis, foi realizado um workshop com produtores de sementes da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat). Durante o evento, realizado nas dependências da Instituição, foram analisadas as percepções dos produtores quanto aos principais gargalos.

No segundo dia da missão (22/01), os participantes estiveram no grupo Petrovina, em Rondonópolis, onde conheceram o processo produtivo e de beneficiamento de sementes. Com auxílio dos gerentes da unidade e colaboradores foi possível colher dados para um mapeamento das atuais tecnologias incorporadas em cada atividade.

O trabalho de campo continuou no dia 25 de janeiro, em Campo Novo do Parecis, com um Workshop realizado na sede do Sindicato Rural da cidade. Na ocasião conheceram a nova conjuntura do AgriHub como Instituto, projetos em andamento, entre outras atividades.

Workshop realizado no Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis

Os produtores rurais que estiveram no workshop puderam analisar o processo de tratos culturais e ainda identificar seus principais desafios. Contudo, atentos às experiências trocadas com os produtores, os técnicos levantaram informações que poderão auxiliar na identificação de oportunidades e soluções tecnológicas, de acordo com a realidade de cada um.

Já no dia 26 de janeiro, no período da manhã, a visita foi na Fazenda São Salvador, do grupo Ortolan. Os proprietários apresentaram o modelo de gestão da propriedade rural, pontos positivos e os que precisam de melhorias. No campo, a equipe teve a oportunidade de conhecer os equipamentos, maquinários, setor de armazenagem, lavoura, galpões, entre outros.

No período da tarde os membros da missão visitaram o Grupo Morena, referência em sistemas com integração de culturas diversificadas, o grupo ficou entre as três propriedades selecionadas na edição do Prêmio Sistema Famato em Campo, no ano de 2017.

Escritório Grupo Morena

A gestora de processos do grupo, Vanessa Chiochetta, mostrou o plano gestor, as principais atividades e ações desenvolvidas na propriedade e que possibilitaram o case de sucesso. Em seguida, o grupo técnico seguiu à campo acompanhado do proprietário, Romeu Ciochetta, conheceu a estrutura física da fazenda, composta por maquinários, galpões, armazéns de grãos, escritório, lavoura, infraestrutura da pecuária, pastagens e outros.

Segundo o professor Aziz, os trabalhos ainda estão no início, mas já é possível perceber que vai ser bastante produtivo. Ele destacou os dados de custos de produção levantados pelo Instituto mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que serão referência para subsidiar os processos.

Próximos passos: Está prevista para o meio do ano a vinda dos estudantes da Agroplus UFV, com o objetivo de visitar as propriedades rurais. A ideia é avançar nas análises, identificação de problemas, custos, produção, entre outros.

Deve acontecer ainda, em julho, uma capacitação com os estudantes da UFV e técnicos do Instituto AgriHub. A capacitação terá como subsídio os dados já levantados nas fazendas visitadas, com exemplos reais de problemas e possíveis soluções. “O foco é oferecer soluções para os problemas, considerados pelos produtores mais relevantes”, finalizou o professor Aziz.

Após a validação dos macroprocessos mapeados, a expectativa é que essas informações sejam úteis para que startups se interessem em desenvolver soluções para os problemas identificados.

Fonte: Ascom Famato