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Nesta quinta-feira (26), o Conexão AgriHub Space trouxe como assunto o tema “Como conectar o campo à cidade através da comunicação?”. A edição teve como palestrante Lígia Pedrini, engenheira agrônoma e influenciadora digital, e Adriane Steinmetz, agricultora e jornalista, para debater as dificuldades e os ruídos que ainda impedem a conexão entre os produtores rurais e outros públicos fora da bolha do agro.

Falar de comunicação no agronegócio é ouvir de muitos que a comunicação ainda é um desafio pouco debatido e que tem muito a evoluir. Apesar dessa conclusão, há quem faça esse trabalho de utilizar as mídias para se comunicar, como é o caso da Lígia e da Adriane. 

A jornalista e agricultora deu as primeiras considerações sobre o tema. Ela que assumiu, ao lado da irmã e da mãe, a propriedade do pai que faleceu de forma inesperada, falou dos desafios e do descrédito que enfrentou ao assumir a administração do negócio da família. Contudo, com o auxílio das redes sociais, conseguiu mostrar que a gestão feita por elas era tão eficiente quanto a de seu genitor.

“Nós três juntas e unidas conseguimos superar essa fase e já estamos há dez anos na propriedade onde muitas pessoas desacreditavam e achavam que a gente não ia passar nem da primeira safra”, Adriane Steinmetz.

Como criadora de conteúdo digital, se estabeleceu, encontrou a identificação de seus seguidores e tocou sua fazenda adiante, o que ocorreu de maneira semelhante à produtora rural e influenciadora digital Ligia Pedrini. A palestrante assumiu o microfone em seguida de sua companheira.

Pedrini afirmou que há um ruído comunicacional entre a cidade e o campo e observa que os estigmas que esses dois “agentes” têm um do outro os prejudicam. Para ela, somente a partir da compreensão das realidades mútua a comunicação se tornará possível.

Ao longo da apresentação, ela desmistificou ideias preconcebidas a partir de imagens historicamente associadas ao agronegócio e às populações das cidades. Como tática para furar a bolha diz que é preciso trazer experiências pessoais para transformar e fazer uma comunicação mais humanizada e assim aproximar o público e expandir as comunicações.

Fala que complementa o apontamento de Steinmetz, que afirma que a informação bem comunicada ajuda a resolver questões de conflito entre setores até mesmo rivais, e que é preciso ser autêntico e acreditar no que seu perfil se propõe a fazer. 

Para as duas, as histórias de interesse humano podem ser o começo do desenvolvimento da comunicação dentro do mercado do agro que ainda se mostra muito inicial, mas promissor. Dentro dessa lógica, produtores rurais podem começar a encontrar a melhor maneira de se comunicar, com o objetivo de conectar o campo e a cidade.

“As histórias de vida humana atraem e ajudam a fazer com o que os seguidores compreendam as realidades. Dessa forma, a comunicação será efetiva e irá transformar a visão de seus seguidores”, diz Lígia Pedrini.

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Por Guilherme Sampaio, estagiário da Assessoria de Comunicação AgriHub